...“Pai vou me matricular
Mas me diz um cidadão
Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar”...
Mas me diz um cidadão
Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar”...
Lucio Barbosa (Int. Zé Ramalho)
Inicio minha reflexão com a dura realidade com a
qual muitas vezes nos deparamos, e uso o trecho da musica interpretada por Zé
Ramalho para ilustrar, que podemos acessar no link https://www.youtube.com/watch?v=FtJjtwzQ56E#aid=P-vXCUjFTvc. As investigações produzidas no campo sobre as culturas podem
contribuir para a democratização das relações de poder e o modo como a escola
pode atuar nessa direção, é propiciando ao ser humano
interpretar e intervir na realidade. Assim a participação das famílias na educação dos alunos pode ir
muito além do acompanhamento de boletins e de conversas o grupo gestor. O
envolvimento dos pais no dia a dia da escola, acompanhando questões ligadas à
administração e ao ensino, pode ser fundamental para a melhoria da educação. E uma
experiência que vivenciei são os conselhos escolares, formas adequadas de fazer
isso acontecer. Através deles se torna possível envolver a comunidade e
trazê-la para “dentro” dos muros da escola. Esse exemplo bem sucedido que
vivenciei aconteceu em uma escola estadual, de pequeno porte, quando eu ainda
trabalhava na área administrativa da escola. A diretora, sempre muito presente,
convocava os pais não somente para reuniões, mas sim para envolver a comunidade
e coloca-la a par de tudo que estava acontecendo na escola. Nas reuniões dos
conselhos, os pais sabiam o que a escola estava precisando, o que era viável naquele
momento, o que tinha que esperar um pouco, tudo ia se ajeitando. “Sem a
participação dos pais e da comunidade, se torna impossível ter uma escola
pública de qualidade e democrática”, esse era e ainda é o pensamento da diretora
da escola. O Conselho é formado por representantes de todos os grupos, funcionários
e professores da escola, pais e outros membros da comunidade. Ao trazer todos
os interessados para discussão e tirar as decisões da mão de poucos, ele
transforma a gestão em um processo democrático e participativo.